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Uruguai faz testes PCR em caminhoneiros que entram no País
O governo do Uruguai realizou na tarde desta segunda-feira (27), a coleta de material para exame PCR nos caminhoneiros de transportadoras internacionais que aguardavam para entrar no País pela fronteira de Aceguá.

Em 15 de julho, o governo decretou que todas as pessoas que entrassem no país devessem apresentar diagnóstico negativo para a covid-19, realizado não mais de 72 horas antes do início da viagem. Desde então, os trabalhadores do setor do transporte de cargas internacionais, negociam com o governo do País vizinho a flexibilização da medida, tendo oferecido soluções como a realização de testes rápidos nos caminhoneiros para agilizar o procedimento.
O tema ganhou maior relevância há alguns dias quando o presidente, Luis Lacalle Pou anunciou que seriam instalados nas fronteiras unidades de coleta para testar os estrangeiros. A partir desta segunda-feira (27) seria oferecido o serviço a um custo de 100 dólares (cerca de R$ 500), com durabilidade de 72 horas.
À medida gerou diversas manifestações contrárias do setor, que reclamam do custo de arcar essa despesa. Com a ameaça da realização de protestos em algumas fronteiras, o governo uruguaio decidiu adiar a cobrança para o próximo domingo, dia 2 de agosto.
Segundo informou o despachante aduaneiro que atua na Aduana de Aceguá, Éden Couto, a aplicação dos testes nesta segunda-feira (27) para liberar o acesso dos caminhoneiros ao País, foi intermediada pelo vice-diretor da Rede de Atenção Primária (RAP) de Cerro Largo, Milton Silva. O médico tem acompanhado o desfecho das negociações do setor com as autoridades de saúde do Uruguai, participando de diversas reuniões na busca de uma solução para o impasse. Couto disse que foi informado que até quinta-feira (30), será instalada a unidade de coleta, em Aceguá, e que o setor negocia a redução do valor a ser cobrado pelos testes da covid-19.
O presidente da Câmara Internacional de Transporte Terrestre do Uruguai (Catidu), Mauro Borzacconi, falou ao jornal El País que pediu aos caminhoneiros que suspendessem os protestos marcados para esta segunda-feira (27) e que essa reação era esperada. Disse também que "é impossível o transporte absorver o custo" de 100 dólares a cada 72 horas, por motorista, já que todos os dias mais de 500 caminhões entram no País.